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Isabela Mercuri – www.olhardireto.com.br

Richard Rassmussen na abertura da FIT Pantanal

O biólogo, apresentador e economista Richard Rasmussen foi um dos convidados para a abertura da Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal) 2017, que aconteceu na noite da última quinta-feira (20), no Centro de Eventos do Pantanal. Na ocasião, ele contou que sua próxima empreitada por Mato Grosso será a gravação de uma websérie sobre turismo, em que vai apresentar lugares acessíveis, que as pessoas podem conhecer.

Os vídeos serão postados em seu Facebook, mas o apresentador não deu detalhes de quando serão filmados ou publicados. Esta não será, nem de longe, a primeira aventura de Richard pelo Mato Grosso. “Mato Grosso já faz parte da minha vida, eu fui criado aqui, meu avô é pescador”, lembra.

Sobre as principais experiências que teve no estado, ele conta: “Tive muitas experiências em Mato Grosso, mas duas delas foram soberbas. Uma foi quando eu fui à procura do morcego hematófago, que foi gravado em Aripuanã e foi muito bacana. A gente fez a primeira vez na Record e viralizou porque era incrível. E a outra foi no Rio Piquiri, quando uma onça pintada atacou um jacaré na nossa frente. Foi meia hora de batalha com o jacaré, e a gente gravou tudo, foi sensacional”.

Turismo Sustentável

A FIT Pantanal 2017 tem como tema o ‘Turismo Sustentável’, em congruência com a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou o ano de 2017 como “o ano do turismo sustentável”. Para Richard, há urgência em falar sobre o assunto. “A gente perdeu muito tempo. A gente tem que olhar que o investimento com o turismo vai dar um retorno gigantesco, inclusive, especialmente, pros menos favorecidos. Outra coisa: ele mantém as culturas locais vivas”, disse, em entrevista ao Olhar Conceito.

Ele explica: “O turismo sustentável distribui renda. Sustentabilidade é uma palavra que está em voga hoje, e que todo mundo usa com muita facilidade, mas a gente tem que entender que ele é aquele que não depreda a natureza, leva riqueza e distribui riqueza para as pessoas locais, que tem menos acesso”. Richard afirmou, por exemplo, que o turismo sustentável desenvolve a gastronomia, o artesanato, e transforma a vida da população local.

Além disso, ele apontou que o turismo ajuda a manter as culturas, já que o que o viajante mais quer é conhecer o diferente: “A gente está num processo de unificação, de convergência, em que as pessoas estão perdendo identidade, porque todo mundo quer ser igual. A própria mídia expõe parâmetros e todo mundo quer ficar igual, quando na verdade o diferente é o belo. O cara que vem aqui, ele quer ver alguma coisa diferente, ele não quer ver o mesmo. E isso faz com que a gente mantenha línguas nativas, mantenha os pratos típicos, e isso é uma ferramenta incrível quando bem utilizada”. Ele lembrou, também, que existem países que tem o turismo como principal fonte de renda, como é o caso de Costa Rica.

Em seu discurso durante a abertura, o biólogo voltou a falar desta importância: “O mundo é colorido porque ele é diferente, não é monocromático. As pessoas vêm aqui porque querem ver o diferente”, finalizou.

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